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Os efeitos da crise financeira no mercado de trabalho

A crise financeira global deverá afetar o mercado de trabalho nacional. "Vamos ser afetados em alguma medida, isto ainda não aconteceu, se acontecer, e deve acontecer, é provável que os resultados comecem a aparecer no início do próximo ano", adverte o coordenador da equipe de análise do Seade (Fundação Sistema de Análise de Dados do Estado de São Paulo), Alexandre Loloyan.
Montadoras de veículos e empresários da construção civil já se mostram sensíveis ao cenário internacional.
A GM e a Fiat anunciaram férias coletivas neste mês. A decisão das montadoras de suspender parte da produção indica o desaquecimento de um dos setores da economia que mais cresceu nos últimos anos.
De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o número de automóveis aumentou em 5,7%, entre 2006 e 2007, no Município de São Paulo, passando de 3,8 milhões para 4 milhões, o que significa 600 carros novos circulando por dia.
Esse incremento tão expressivo no número de veículos resultou da elevada oferta de crédito - e é bem aí que reside o problema. A medida tomada recentemente pelas montadoras está diretamente associada à perspectiva de queda nos financiamentos, uma vez que 70% das vendas de veículos nos últimos três anos eram financiadas. Além disso, os juros sofreram elevação.
Se antes da crise que abala o mundo financeiro, os bancos ofereciam empréstimos com prazos de financiamento de até 90 meses, atualmente os prazos giram em torno de 42 e 60 meses.
Da redução da produção à redução do emprego parece não haver uma distância muito grande. Ainda é cedo para medirmos com precisão o impacto da crise no mercado de trabalho, mas, como avalia Loloyan  "tradicionalmente as montadoras são as empresas que primeiro respondem a qualquer retração de mercado".
Para o analista, as férias coletivas anunciadas estão relacionadas principalmente às exportações. A produção para o mercado externo caiu 8,1% em setembro, em relação ao mês anterior, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores). Países para os quais o Brasil exporta veículos como Argentina, México e África do Sul também sofrem com problemas de crédito.
Construção civil
O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) já programou para o dia 16 deste mês, um workshop voltado a empresários do setor, cujo objetivo é discutir o impacto da crise financeira não só na economia brasileira, mas também na construção civil.
Para o presidente do sindicato, Sergio Watanabe, o forte crescimento na construção permitirá que as atividades do setor permaneçam aquecidas em 2008 e fechem o ano com uma expansão de cerca de 10%. Watanabe pondera, contudo, que a crise de liquidez mundial provocou uma imediata reavaliação dos fluxos de caixa das empresas, o que influirá nas decisões de investimentos no setor.
Como esclarece Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP, no setor da construção civil trabalha-se sempre a longo prazo. "Geralmente quando uma obra tem início, esta já está com seu financiamento garantido, o que significa que embora a situação econômica do país se deteriore, enquanto as construções já iniciadas estiverem em andamento, não vai haver desemprego", diz.
Zaidan acrescenta que, em sua perspectiva, o nível de emprego da construção civil deve permanecer robusto e pode até crescer até o fim do primeiro trimestre de 2009. Daí para frente acredita, é muito cedo para saber o que vai acontecer. "As decisões de investimento que seriam tomadas hoje e que viriam a resultar em empregos no segundo semestre de 2009, não estão sendo tomadas". Como pondera, é difícil precisar a extensão ou a profundidade da crise. Quem está contratado para obras que já tiveram início não tem muito com o que se preocupar, em sua opinião. Mas o que vai ocorrer no segundo semestre de 2009, ainda lhe parece uma incógnita.
Grandes incorporadoras e construtoras tiveram perdas expressivas na Bolsa de Valores e, com a restrição de crédito pelos bancos, a captação de recursos necessária para viabilizar projetos imobiliários tornou-se mais complexa. 

Apesar disso, o crédito para o financiamento de imóvel permanece estável. As condições e prazos para o financiamento seguem inalterados. Mas os analistas dizem que é preciso observar o comportamento das vendas que pode se deteriorar num cenário de tantas incertezas.
Fonte: Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho





Falta gera prejuízo ao funcionário e também à empresa.

  Quando uma pessoa não se sente bem de saúde ou tem algum problema que a impede de ir trabalhar, não só ela, mas outras pessoas também podem ser afetadas por sua falta. Isto porque as faltas ao trabalho, ou absenteísmo, como os especialistas em gestão chamam o problema, são um dos principais fatores que levam empresas e colaboradores a prejuízos financeiros e profissionais.
Para as empresas, de acordo com o coach Jerônimo Mendes, são várias as consequências provocadas pelas faltas dos funcionários, entre elas, a perda de produtividade e o aumento do custo operacional, pois há necessidade de suprir as faltas com substituição ou pagamento de horas extras.
  E o problema não está restrito a alguns setores da economia. “Atualmente, todas as empresas perdem, entretanto, em alguns segmentos, a situação é mais crítica. O absenteísmo é mais acentuado no chão de fábrica, em atividades operacionais e em segmentos como o da segurança, serviços, indústrias de transformação. Conheço uma empresa com mais de cinco mil colaboradores onde o nível de absenteísmo em 2014 foi de 440 mil horas. Seria o mesmo que 80 empregados faltarem todos os meses, durante o ano todo, recebendo salário da empresa. Não há empresa que suporte um custo desses”, diz Mendes.
  Para o funcionário, faltar eventualmente e com uma justificativa pode não trazer graves consequências, mas, se isso vira um hábito, dificilmente ele terá um bom rendimento e também pode ter os dias descontados de seu salário.
Sobre as faltas, a advogada trabalhista do Marins Bertoldi Advogados Associados Jaqueline Pierri explica o diferencia a justificada daquela sem justificativa. “O absentísmo pode decorrer de faltas justificadas e injustificadas. As justificadas estão previstas no artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sedo que não pode haver desconto da remuneração e o empregado não pode ser penalizado. As faltas não justificadas são aquelas que não estão amparadas por lei, nem previstas no Acordo ou Convenção Coletiva do Sindicato de Classe. Tais faltas podem ser punidas com advertência verbal, escrita, suspensão e, dependendo da circunstância, o empregador está autorizado a rescindir o contrato por justa causa”. Ainda segundo ela, as faltas injustificadas também podem acarretar para o empregado outras penalidades, como desconto na remuneração e redução do período de férias.
        Bons exemplos
  Quando a gestora de recursos humanos (RH) do Shopping São José, Kelly Machado, assumiu seu cargo, há dois anos, a empresa enfrentava problemas com constantes faltas dos cerca de 200 funcionários. Mas Kelly, alinhada com os demais gestores, elaborou um plano de ações que praticamente pôs fim ao absenteísmo. “Até 2012, havia muitas faltas, que diminuíram muito depois que criamos normas, procedimentos e um regulamento interno”.
  Kelly conta que, quando um funcionário falta, o RH busca saber os motivos, para ver se algo pode ser feito em seu benefício. E, em vez da punição, o foco é premiar quem não se ausenta. “Os funcionários mais assíduos recebem um prêmio pela assiduidade e tem seus nomes divulgados em um mural do RH e no informativo interno do shopping”.
  Outra empresa que busca o bem-estar dos colaboradores e a diminuição no número de faltas é a Universidade Positivo (UP). Segundo a coordenadora de recursos humanos da UP, Silvia Cristina Staron, as faltas que poderiam ser provocadas por problemas de saúde, familiares, questões pessoais ou estresse podem ser amenizadas com algumas medidas, entre elas, com cuidados com a saúde dos colaboradores, que, na instituição, contam com um espaço exclusivo: a Casa de Saúde, local que atende os funcionários e seus dependentes.
  Além dos cuidados com o bem-estar, Silvia acredita que outras iniciativas também são positivas. “A empresa pode ter ações de treinamentos, de conscientização dos funcionários, de motivação e integração, pode desenvolver os líderes para que tenham uma boa gestão das pessoas e oferecer instrumentos de gestão a esses líderes. Todos esses movimentos colaboram com comprometimento dos funcionários, contribuindo com a redução das faltas e com a manutenção do clima organizacional”.

Fonte: Paraná-Online por Paula Weidlich

 

Dicas de como se comportar em uma Entrevista de Emprego


Muita gente acredita que é na hora do “frente a frente” com o entrevistador que será definida a contratação. Sendo assim, é comum pessoas usarem o encontro para dizer o que pensam, o que sabem ou não fazer ou ainda o que almejam da vida. Saiba: a atitude é completamente errônea.
O primeiro passo para se preparar para a entrevista é conhecer um pouco a empresa que está oferecendo as vagas. Não adianta fazer todo o processo seletivo se não está interessado na vaga ou não tem ideia da sua função. Então pesquise na Internet e assim não será pego de surpresa quando forem requisitadas perguntas como “por que você quer trabalhar conosco?” ou “por que devemos contratar você?”, extremamente frequentes nesses encontros.
Nunca minta no currículo ou pessoalmente com histórias mirabolantes, pois poderá ser requisitado para executar algumas das funções de seus contos. Além de ficar em saia justa, poderá ter uma péssima recomendação para outras empresas. A mentira mais comum é sobre os idiomas, então tome cuidado: seu entrevistador pode ser fluente em alguma língua estrangeira citada no currículo, e mais uma vez seu emprego pode ir por água abaixo.
Seja sincero sempre. Caso não saiba fazer alguma coisa, diga a verdade, mas informe que está trabalhando nisso e pretende fazer cursos em breve. Seja sempre positivo e tudo vai dar certo.
Por Lidianne Andrade


Dicas
O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Por isso, o cidadão deve ficar atento a alguns aspectos básicos para ingressar nesse ambiente e se destacar. Antes de tudo, é preciso estar com a documentação em dia para não perder tempo quando for contratado. É importante que o candidato se certifique de que possui pelo menos os seguintes documentos: Carteira de Trabalho e Previdência Social, documento de identificação, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Título de Eleitor (obrigatório para maiores de 18 anos).
O passo seguinte é redigir o currículo, que deve ser objetivo e organizado e trazer informações básicas de identificação do candidato (nome, endereço, telefones, e-mail, idade), áreas ou cargos de interesse, formação acadêmica, principais habilidades e qualificações, histórico profissional, cursos extra curriculares e participação em seminários, congressos e palestras. O candidato não deve “enfeitar” o currículo com informações que não são verdadeiras somente para ter mais chance, porque depois as experiências citadas serão cobradas.
Shutterstock Roupa e postura favoráveis ajudam candidatos a causar boa impressão na entrevista Ampliar
    Roupa e postura favoráveis ajudam candidatos a causar boa impressão na entrevista

 O conteúdo do currículo deve ser revisado para que não haja erros de ortografia. Além disso, o documento só deve ser encaminhado se o candidato realmente se encaixar no perfil solicitado. Preenchidos todos os requisitos, é chegada a hora de uma entrevista. Roupas discretas, limpas e bem passadas são a vestimenta adequada; bonés, piercings e brincos exagerados podem ser dispensados.
Antes de ir a uma entrevista, o candidato deve se informar sobre a empresa (em que setor atua, quais são seus produtos e serviços) e também sobre os principais acontecimentos do país e do mundo, para mostrar que está atualizado. O candidato deve se apresentar para a entrevista cerca de 10 minutos antes do horário marcado e, durante a conversa, se mostrar comunicativo e educado, além de demonstrar interesse pela vaga.
O candidato não deve falar de problemas pessoais na entrevista, pois muitas pessoas precisam de trabalho e nem por isso esperam que os empregadores tenham simpatia por questões pessoais. Objetividade e sinceridade também são pontos positivos em uma entrevista.
Quando conseguir um emprego, o cidadão não pode achar que o esforço já foi suficiente. Empenho e dedicação não devem ser deixados de lado nunca, nem valores como honestidade e simplicidade. São eles que garantirão a permanência da pessoa no mercado de trabalho.
Fonte:
Secretaria do Emprego e Relações de Trabalho SP
 

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